Aversão ao risco marcou os negócios nesta terça-feira. Os investidores mantiveram as atenções nas bolsas da Ásia, que foram impactadas pelos dados da balança comercial da China. Logo depois acompanharam os futuros de Wall Street, que já operavam no vermelho e sinalizando um dia de “bear market” com a decisão da Moody’s.
A agência de classificação de risco rebaixou a nota de crédito de 10 bancos americanos, dos quais seis foram colocados em revisão. O tom “hawkish” do comunicado pesou no sentimento do investidor, porque a Moody’s deixou claro que poderá reavaliar as notas de grandes credores de Wall Street.
Depois de passado o impacto, os traders voltaram para as compras e conseguiram reduzir parcialmente as perdas. Contudo, o índice VIX, que mede o estresse do mercado, subiu 1,40%. Nem mesmo o ouro serviu de “porto seguro”, com a onça fechando estável a US$1,959,50.
Na Europa, o maior “tombo” ficou para a bolsa de Milão. O governo italiano vai impor uma taxa de 40% sobre os lucros dos bancos, bem como um pacote de medidas que vai atingir até investimentos. O temor no Velho Continente é de que mais governos façam o mesmo.
Já na Ásia, os dados da balança comercial da China decepcionaram (ver em Ásia), com as expectativas elevadas para as divulgações logo mais da inflação do consumidor – CPI – e do portão de fábrica – PPI.
Por aqui, diante desses fatores e com os balanços financeiros, os mercados reagiram também a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária – Copom.
O Ibovespa ficou em baixa e o dólar flertou com os R$4,90 e até com os R$5,00.
Acompanhe o desempenho de hoje
ÁSIA
A China ficou no radar novamente, com os principais índices acionários fechando as negociações sem direção única. Os dados da balança comercial e as expectativas para demais indicadores despertaram a cautela de hoje.
Índices: o Hang, Seng, bolsa de Hong Kong, caiu 1,81% aos 19.184 pontos. O Xangai, China, caiu 0,25% aos 3.260 pontos. O índice Nikkei 225, bolsa de Tóquio, subiu 0,38% aos 32.377 pontos. O Kospi, bolsa de Seul, caiu 0,26% aos 2.573 pontos.
EUROPA
Os bancos derrubaram as bolsas da Europa nesta terça-feira. O pior resultado ficou para o índice FTSE-MIB, bolsa de Milão, depois que o governo da Itália decidiu impor um imposto de 40% sobre os lucros dos bancos. Além disso, o investidor acompanhou o movimento de Wall Street e os dados da balança comercial da China.
Índices: o Stoxx Europe 600 caiu 0,23% aos 458.60 pontos em Londres. O DAX-30, bolsa de Frankfurt, caiu 0,69% aos 15.774 pontos. O PSI-20, bolsa de Lisboa, subiu 0,57% aos 6.024 pontos.
ESTADOS UNIDOS
Wall Street caiu sob os efeitos da Moody’s nesta terça-feira. O dia foi bear market, com os investidores analisando a decisão da agência em cortar as notas de crédito de 10 bancos americanos. No entanto, depois da queda livre na abertura, os investidores foram recuperando parte das perdas no decorrer do pregão.
Índices: o Dow Jones caiu 0,45% aos 35.314 pontos. O S&P recuou 0,42% aos 4.499 pontos. O Nasdaq caiu 0,79% aos 13.884 pontos.
BRASIL
A bolsa de valores de São Paulo fechou em queda nesta sessão. O investidor analisou o conteúdo da ata do Comitê de Política Monetária – Copom. Por outro lado, o mercado acompanhou os balanços financeiros, em especial do Itaú Unibanco (ITUB4) e Eletrobras (ELET3).
Índice: o Ibovespa ficou em queda de 0,24% aos 119.090 pontos.
O dólar subiu 0,06% para ficar em R$4,898 para a venda.
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