Para o IPCA-15 de janeiro, que será divulgado nesta próxima terça-feira, estimamos alta de 0,56%, acima das expectativas do mercado pela BBG e pelo Broadcast (0,52%).
As projeções para janeiro já passaram por grandes revisões em razão da política de preços da Petrobrás, medidas provisórias adiando reonerações de impostos e choques de itens voláteis. Tais fatores, por mais que relevantes, não geram incertezas inflacionárias persistentes. Já as dúvidas em relação ao nível de expansão de gastos promovido pelo novo governo vêm gerando preocupações inflacionárias para além do curto prazo, impactando negativamente a curva de juros e as expectativas à frente.
Para o IPCA-15 de janeiro, que será divulgado nesta próxima terça-feira, estimamos alta de 0,56%, acima das expectativas do mercado pela BBG e pelo Broadcast (0,52%). Esperamos um forte avanço de Industriais Subjacentes e de Saúde e Cuidados Pessoais contrapondo-se ao arrefecimento de monitorados.
A divulgação de dezembro veio acima das expectativas tanto por um rebote da Black
Friday como também um avanço volátil de perfumes. Tais efeitos continuarão
impactando a próxima leitura, causando uma pressão inflacionária altista adicional, entretanto temporária.
Pelos grupos, Saúde e Cuidados Pessoais devem ter leve arrefecimento ante a leitura cheia (1,60%), mas com alta significativa de 1,51%. Tal movimento se deve pelas variações observadas em Higiene pessoal e perfumes. Com a segunda maior contribuição, Alimentação e Bebidas deve apresentar alta de 0,67% e impacto de 15 bps.
Na abertura, esperamos alta de 0,71% de Alimentação no Domicílio e avanço de 0,56% em Alimentação Fora do Domicílio.
Após variação de 0,85% em dezembro, Transportes devem desacelerar ainda mais para o patamar de 0,07%, valor inferior a leitura cheia mais recente de 0,21%. Esta leitura captura o maior efeito dos cortes promovidos pela Petrobras, além de um leve arrefecimento em Passagens Aéreas (est. -5,5%).
Pelas aberturas, Administrados apontam para alta de 0,25% ante 0,83% anterior, fruto da deflação observada em combustíveis, GLP e energia elétrica residencial que foi parcialmente compensada pelos aumentos nas tarifas de ônibus e pedágio. Livres, por sua vez, devem permanecer pressionados com alta de 0,66%. A leitura seria liderada por Industriais (est. 1,10%) e seu subjacente (1,32%). Já para Serviços e subjacentes estimamos leve alta de 0,36% e 0,45% respectivamente.
As projeções para janeiro já passaram por grandes revisões em razão da política de preços da Petrobrás, medidas provisórias adiando reonerações de impostos e choques de itens voláteis. Tais fatores, por mais que relevantes, não geram incertezas inflacionárias persistentes. Já as dúvidas em relação ao nível de expansão de gastos promovido pelo novo governo vêm gerando preocupações inflacionárias para além do curto prazo, impactando negativamente a curva de juros e as expectativas à frente.
*Felipe Sichel é sócio e economista-chefe do Modal
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