O IPCA de outubro registrou alta de 0,41%, ficando abaixo da mínima das expectativas do mercado segundo a Bloomberg. Pelas aberturas, Administrados registraram variação positiva atingindo o marco de 1,00% enquanto Livres, por contraste, deram forte sinais de melhora com alta de 0,22% apenas.
A leitura de novembro foi supreendentemente positiva. Observou-se considerável redução do headline em união à uma melhora da dinâmica inflacionária, efeito que dificilmente pode ser atribuído unicamente à Black-Friday. Apesar disto, o cenário prospectivo para 2023 permanece inalterado em razão de preocupações do âmbito fiscal, o que nos leva a estimar a inflação terminal em 5,95% e a taxa SELIC em 12,50%.
Comentário:
O IPCA de outubro registrou alta de 0,41%, ficando abaixo da mínima das expectativas do mercado segundo a Bbloomberg.
Comunicação registrou em deflação com queda de 0,14%, um efeito residual após leitura de 0,0% no último IPCA15. Além do previsto, Artigos de Residência também tiveram leitura negativa com redução de 0,68% em razão de aparelhos eletroeletrônicos (-0,4%), o que está associado à Black-Friday. Já os demais grupos permaneceram positivos.
Por mais que sem deflação, Alimentação e Bebidas deu novos sinais de arrefecimento com alta de 0,53% vs. 0,72% anterior. Nas aberturas, Alimentação no Domicílio teve avanço de 0,58% e Alimentação Fora do Domicílio de 0,39%, ambas abaixo de nossas
expectativas. Destaque é dado para Leite longa vida com nova queda de -7,09%.
Transportes segue em ritmo acelerado com alta de 0,83% vs. 0,58% anterior. A ausência de cortes nos preços de combustíveis permitiu forte retomada da inflação no grupo,
processo que deve ser parcialmente interrompido em vista dos cortes anunciados pela Petrobras esta terça-feira (06/dez), com impacto estimado de 16bps. Vestuário e Habitação, por sua vez, surpreenderam negativamente com altas de 1,10% e 0,51%, respectivamente.
Pelas aberturas, Administrados registraram variação positiva atingindo o marco de 1,00% enquanto Livres, por contraste, deram forte sinais de melhora com alta de 0,22% apenas. Na composição, Serviços desaceleraram para 0,13%, ainda que seus subjacentes tenham avançado para 0,50%. Já industriais também arrefeceram fortemente para 0,11%, enquanto seus subjacentes não registraram variação no mês. Por fim, a difusão recuou atingindo o patamar de 58,62%, menor valor desde ago/2022, enquanto a média dos cinco núcleos, em mesma linha, desacelerou para 0,33%.
A leitura de novembro foi supreendentemente positiva. Observou-se considerável redução do headline em união à uma melhora da dinâmica inflacionária, efeito que dificilmente pode ser atribuído unicamente à Black-Friday.
Apesar disto, o cenário prospectivo para 2023 permanece inalterado em razão de preocupações do âmbito fiscal, o que nos leva a estimar a inflação terminal em 5,95% e a taxa SELIC em 12,50%.
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