As vendas no varejo restrito registraram alta de 1,1% em setembro, acima da nossa projeção e da mediana do mercado (0,3%). No conceito ampliado, a PMC avançou 1,5%, também acima da nossa expectativa (0,8%) e do mercado (0,7%).
Cabe destacar que os dados de agosto sofreram revisões altistas, com a PMC restrita saindo de -0,1% para +0,1% enquanto as vendas no varejo ampliado subiram de -0,6% para 0,0%.
Os estímulos fiscais implementados aliado a um mercado de trabalho robusto podem ter impulsionado o resultado observado, especialmente nas vendas de combustíveis e lubrificantes.
Comentários
As vendas no varejo restrito registraram alta de 1,1% em setembro, acima da nossa projeção e da mediana do mercado (0,3%). No conceito ampliado, a PMC avançou 1,5%, também acima da nossa expectativa (0,8%) e do mercado (0,7%). Cabe destacar que os dados de agosto sofreram revisões altistas, com a PMC restrita saindo de -0,1% para +0,1% enquanto as vendas no varejo ampliado subiram de -0,6% para 0,0%. Em relação a setembro de 2021, a PMC registrou alta de 3,2% no conceito restrito (vs. 1,5% Modal; 1,8% mercado) e de 1,0% no ampliado (vs. 0,5% Modal; 0,3% mercado). No trimestre encerrado em setembro, as vendas no varejo restrito apresentaram queda de 1,1% e recuaram 1,2% na leitura ampliada.
Com o resultado de setembro, as vendas no varejo restrito agora se encontram 2,8% acima do nível pré-pandemia, enquanto as vendas no conceito ampliado encontram-se 1,5% abaixo. No ano, a PMC registrou alta de 0,5% no conceito restrito e recuou 0,6% na leitura ampliada.
Em relação ao conceito restrito, note-se que seis das oito categorias pesquisadas registraram avanço, com destaque para o crescimento em livros, jornais e revistas (2,5%), equipamentos e material para escritório (1,7%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%). As vendas de hipermercados (1,2%), tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e artigos farmacêuticos (0,6%) também apresentaram crescimento em setembro.
Do lado negativo, observa-se queda em outros artigos de uso pessoal (-1,0%) além do recuo de 0,1% em móveis e eletrodomésticos. Já em relação à leitura ampliada, as vendas de veículos apresentaram leve queda de 0,1% em setembro, enquanto materiais de construção registraram estabilidade no mês (0,0%).
Na comparação com setembro de 2021, destaca-se a alta de 34,8% nas vendas de combustíveis e lubrificantes, impulsionada pela redução de ICMS, além do avanço de 31,8% em livros, jornais e revistas. Equipamentos e material para escritório (6,8%), artigos farmacêuticos (5,9%) e hipermercados (3,8%) contribuíram com o avanço no mês. Por outro lado, observa-se queda em tecidos, vestuário e calçados (-9,5%) e nas vendas de outros artigos de uso pessoal (-10,0%). No conceito ampliado, as vendas de veículos registraram queda de 1,2% enquanto as vendas de materiais de construção recuaram 7,9%.
As vendas no varejo surpreenderam positivamente o mercado na divulgação do resultado de setembro, com revisão altista dos dados de agosto. Diferente do mês anterior, o desempenho das categorias pesquisadas veio em linha com o headline positivo. Os estímulos fiscais implementados aliado a um mercado de trabalho robusto
podem ter impulsionado o resultado observado, especialmente nas vendas de combustíveis e lubrificantes. Apesar disso, a manutenção da taxa de juros em patamar elevado aliado à persistência inflacionária deve pressionar as vendas no varejo a frente.
Mais informações no nosso blog
Comentários estão fechados.