O IPCA-15 de agosto teve leitura de -0,73% ante mediana do mercado e nossas projeções de -0,83%. Nas aberturas, administrados tiveram queda de -4,28%, abaixo das expectativas, enquanto serviços variaram 0,52% (vs. 0,40% julho).
Destaca-se, também, Alimentação e Bebidas com aumento de 1,16%, em especial, alimentação no domicílio teve leitura de 1,24% frente a mediana do broadcast de 0,88%, e nossas projeções de 1,40%.
A leitura é negativa para a dinâmica inflacionária, reforçando o nosso argumento de que o índice permanecerá impactado por crescimento econômico e baixa taxa de desemprego.
Comentário:
O IPCA-15 de agosto teve leitura de -0,73% ante mediana do mercado e nossas projeções de -0,83%. Nas aberturas, administrados tiveram queda de -4,28%, abaixo das expectativas, enquanto serviços variaram 0,52% (vs. 0,40% julho).
Pelos grupos, Habitação, Transportes e Comunicação apresentaram deflações de, respectivamente, -0,37%, -5,24% e -0,30%, enquanto os demais apresentaram variações positivas. Importante ressaltar que a deflação observada em Comunicações começa a refletir o corte do ICMS, com efeito total ainda incerto.
Destaca-se, também, Alimentação e Bebidas com aumento de 1,16%, em especial, alimentação no domicílio teve leitura de 1,24% frente a mediana do broadcast de 0,88%, e nossas projeções de 1,40%.
Serviços passa por uma desaceleração pequena, registrando 0,40% (vs. 0,83% julho). O mesmo é observado em serviços subjacentes, porém, em menor escala, arrefecendo de 0,91% em julho para 0,78% em agosto. Em contrapartida, industriais bem como industriais subjacentes apresentaram variações amenas vis-à-vis o mês anterior de, em ordem, 0,27% e 0,78%. Já passagens aéreas registraram baixa de -12.22% ante nossa coleta de -18,7%.
O núcleo excluindo administrados e alimentação no domicílio captura esta desaceleração de serviços, registrando 0,58%, 10 bps inferior a julho. De mesma forma a média dos núcleos foi de 0,66%, ante 0,81% na leitura anterior.
Por fim, a difusão do IPCA-15 foi de 69,09%, menor valor desde fevereiro deste ano.
A leitura é negativa para a dinâmica inflacionária, reforçando o nosso argumento de que o índice permanecerá impactado por crescimento econômico e baixa taxa de desemprego. Mantemos a perspectiva de Selic inalterada em setembro, entretanto com baixa probabilidade de convergência acelerada da inflação à meta no horizonte relevante do BC.
Felipe Sichel é sócio e economista-chefe do Banco Modal
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