Com os dados do fechamento desta segunda-feira (23/05) estimamos a defasagem da gasolina de octanagem 87 em 21,2% (R$ 0,82). Enquanto isso, a defasagem da mistura entre as octanagens 87 e 93 se encontra em 28,6% (R$ 1,11), a da mistura com o etanol (73/27) está em 14,7% (R$ 0,57) e a do diesel está em -7,3% (-R$ 0,36).
Para a gasolina observamos um recuo relevante no gap, após 5 semanas consecutivas de alta. Para a octanagem 87, a defasagem estava em 38,0% (R$ 1,48), mostrando uma queda de 16,8p.p (-R$ 0,65) desde então. Enquanto isso, o gap do diesel teve queda de 10,6p.p (-R$ 0,52) no período.
As datas de reajustes pela Petrobras (trigger) são aderentes ao comportamento da defasagem da gasolina de octanagem 87. Desde abril/2021, o trigger máximo observado foi de 25,5%, superior ao patamar atual do gap (21,2%). Ainda que esta condição enseje reajustes, há considerável incerteza acerca da materialização do trigger.
Diante deste cenário, retiramos das nossas projeções para o IPCA a premissa de reajuste da gasolina no curto prazo. Se houvesse um reajuste equivalente à metade do gap atual (10,6%, R$ 0,41) no dia 01/06, o impacto estimado na bomba elevaria o IPCA de junho em 40bps.
Segundo os dados da ANP, o preço médio da gasolina aos consumidores do país caiu para R$ 7,28 na semana encerrada no dia 21/05 (vs. R$ 7,30 na semana anterior). Para o diesel, o preço médio subiu para R$ 6,94 (vs. R$ 6,85).
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